Novo número da Revista Brasileira de Educação Básica já está no ar
A apresentação é a finalidade da prática de coral? Quais as dificuldades na estrutura educacional atual que não permitem promover a autonomia e emancipação dos indivíduos?Como superar as dificuldades do ensino de Química nos anos iniciais do ensino fundamental? O que a literatura especializada da área de Psicologia Educacional aponta sobre as causas e o tratamento adequado para crianças diagnosticadas com Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade?Essas e outras questões mobilizaram professores da educação básica e estudantes das licenciaturas, mestrados profissionais e acadêmicos em educação que apresentam suas investigações e práticas no novo número da Revista Brasileira de Educação Básica.
Emerson Tineo, em seu artigo “Apresentação pública de canto coral: foco principal ou parte do processo?”, reflete acerca do objetivo da constituição de grupos corais. O autor defende a importância de “entender a prática vocal coletiva como uma experiência pedagógica, artística e de excelência técnica, não limitada ao palco”.
A professora pedagoga Janete Pereira Santos Carvalho fez um levantamento bibliográfico para o artigo “Trasntorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade: uma reflexão no ensino fundamental I” onde dialoga com produções de diversos estudiosos e pesquisadores do TDAH e questiona: O que é realmente o transtorno? Qual o tratamento adequado para com a criança diagnosticada com TDAH?
A professora Maria Laura Musegante discute no artigo “Humanização na Educação Básica, a contribuição dos Direitos Humanos” o reconhecimento da educação como um direito humano, como fazer esse direito ser aplicado na Educação Básica e a importância da construção da dignidade humana entre os estudantes.
Baseadas na justificativa de que o método de ensino tradicional não promove um aprendizado em contato com as realidades dos estudantes em sala de aula, as docentes Vera Mattos Machado e Alda Maria Teixeira Ferreira com a estudante Natália Camargo Braga desenvolveram e investigaram o jogo didático “Protozooses do Brasil” com o objetivo de contribuir com o aprendizado de Biologia em sala de aula. É possível conhecer um pouco desse trabalho no artigo “Jogo Didático ‘Protozooses do Brasil’”.
Já os pós-graduandos em Ensino de Ciências Vívian Helene Diniz Araújo e Kelison Ricardo Teixeira relatam uma aula de Química Orgânica aplicada à estudantes do terceiro ano do Ensino Médio no texto “A química dos anticoncepcionais: o ensino de grupos funcionais no ensino médio por meio do tema transversal orientação sexual”. Os autores destacam como a atividade promoveu a discussão sobre a saúde sexual e a emancipação feminina em sala de aula contribuindo para a formação transversal.
Outro trabalho em conjunto foi realizado pelas professoras Alexandra Geronimo e Sheila Pressentin Cardoso. No artigo “Curiosidade infantil, química e uma receita de bolo”, elas relatam como a aguçada curiosidade infantil estimulada pela observação dos fenômenos facilitam o ensino de conceitos químicos nas séries iniciais do ensino fundamental.
A professora de português na Educação de Jovens e Adultos, Ana Maria de Oliveira, apresenta no artigo “A argumentação de alunos da EJA no artigo de opinião” uma análise sobre o ensino de português no trabalho com os gêneros discursivos. A autora destaca como o uso de argumentos revela os recursos que os sujeitos utilizam para discutir sobre suas vivências numa comunidade representativa de grupos menos favorecidos.
Em 2017, uma escola de Alto Alegre (RR), recebeu uma intervenção do serviço de psicologia fim de prevenir situações futuras, diante de um caso identificado pela escola como prática de bullying. No artigo “A psicologia educacional na percepção e diminuição do bullying na escola”,Jessik K. Custódio Pereira, Josimara Cristina de Carvalho Oliveira e Oscar Tintorer Delgado apresentam uma pesquisa qualitativa realizada a partir desta experiência.
A estudante Paula Giselle da Costa Rocha e a professora Maria da Conceição Gemaque de Matos apresentaram no artigo “Formação continuada de professores com Ensino por Pequisa (EPP)” suas reflexões a partir de novas abordagens de prática pedagógica, destacando as necessidades de renovação no ensino de ciências.
Por fim, o artigo “Saberes matemáticos e permanência na EJA”, de Francisco Josimar Ricardo Xavier e Adriano Vargas Freitas apresenta as vivências de duas estudantes da zona rural de uma cidade do Ceará. Os autores demonstram que os saberes das estudantes podem ser compreendidos em uma perspectiva matemática e estão ligados às suas histórias de vida.
Além dos artigos, esse número também apresenta o episódio “Criatividades Contínuas”, terceiro da série de vídeos “O pão nosso de cada dia”. Nesse penúltimo episódio, conhecemos um pouco sobre o professor Helder Junio de Souza a partir dos questionamentos iniciais: Quanto tempo é suficiente para fazer um professor? O que o presente traz de novo?
Na seção Opiniões, a estudante de pedagogia Lyssa Duarte manifesta suas reflexões sobre o impacto dos últimos eventos políticos no país que reverberam em uma estudante do curso de pedagogia, nas suas relações com colegas, instituição e afetos. Esse manifesto nos permite refletir como os estudantes estão lidando com os conflitos que têm a educação como cenário de disputa em nosso país.
A edição número 12 da RBEB também traz uma Seção Especial sobre a EJA, com o verbete “Educação de Jovens e Adultos” elaborado pelo professor Leôncio Soares (UFMG).
Uma boa leitura para todos!
A RBEB é um periódico eletrônico, trimestral de acesso livre, que tem o propósito de promover o reconhecimento da autoria de professoras e professores da escola básica, a divulgação de boas práticas e de pesquisa relacionadas à educação básica.
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