sábado, 12 de dezembro de 2009

SOBRE AS NOTAS e a prova substitutiva

Caros/as alunos/as,

Como havia combinado, seguem alguns esclarecimentos sobre os prazos de divulgação das notas e a prova substitutiva.

As notas serão divulgadas pela professora na próxima quinta, dia 17, pelo sistema online de alunos da FE-USP.

A prova será realizada esta segunda-feira, dia 14, às 19h30, na sala 139, APENAS PARA ALUNOS QUE NÃO CONSEGUIRAM ESTAR PRESENTES NOS OUTROS DIAS em que ela foi aplicada. Ou seja: é uma segunda chance e não uma prova de "recuperação".

Espero que as informações ajudem.

Um abraço e um bom fim de ano a todos/as.
Michelle

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Defesa Livre Docência Professora Graça

Prezados/as alunos/as,

Seguem informações sobre data, horário e local da defesa de livre docência da professora Graça Setton, a pedido de alguns(mas) de vocês.

A leitura da prova escrita e a defesa do memorial será hoje (terça-feira), dia 08, às 19h, na sala 116. A defesa da tese será amanhã, quarta-feira, às 9h da manhã na mesma sala.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Cronograma de provas

Atenção, turma de segunda de quinta-feira da disciplina Introdução aos Estudos da Educação, com a professora Graça Setton.

O cronograma de provas é o seguinte:

Dia 3/12 - Prova para as turmas das 14h e das 19h30.
Dia 7/12 - Prova para a turma das 19h30.
Dia 14/12 - Prova substitutiva para TODAS AS TURMAS (de segunda e quinta-feira).

A questão da prova é: O que as discussões feitas em sala de aula e os diversos aspectos sobre a socialização abordados pelos autores do curso contribuíram para a sua reflexão sobre a prática docente?

A PROVA SERÁ SEM CONSULTA.

sábado, 7 de novembro de 2009

Atenção, turma das segundas: Sobre a semana da educação

Pessoal,

Na última aula, a professora Graça havia informado que nosso grupo de pesquisas faria uma mesa sobre socialização na semana da educação, para a qual todos/as os/as alunos/as estariam convidados.

No entanto, os trabalhos dos integrantes dos grupos ficaram divididos em diversas mesas nos dias 10, 11 e 12.

A professora me pediu que avisasse a todos/as para que ficassem à vontade para assistir à programação da segunda-feira.

As programações estão disponíveis nos links abaixo.

Programação das Apresentações de Investigação
http://www3.fe.usp.br/secoes/inst/novo/agenda_eventos/docente/PDF_SWF/57investigacoes.pdf

Programação de Comunicações Orais (Oficinas, Mini-cursos e Narrativas)
http://www3.fe.usp.br/secoes/inst/novo/agenda_eventos/docente/PDF_SWF/57comunicacoes.pdf

Programação das mesas redondas
http://www3.fe.usp.br/secoes/inst/novo/agenda_eventos/docente/PDF_SWF/57mesas.pdf

Um abraço
Michelle

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Haverá aula DIA 26 e a PROVA deve ser entregue neste dia

Atenção, pessoal.

Haverá aula normal no próximo dia 26.
A Faculdade de Educação liberou os professores para tomarem a decisão e haverá expediente. Em função dos numerosos feriados este semestre e do cronograma apertado, haverá aula dia 26 (próxima segunda).

No entanto, não haverá mais prova neste dia.
Ele se tornou o prazo de entrega para a prova que será feita em casa, por escolha da turma.

A questão é: Segundo o instrumental teórico e conceitual apresentado nos textos e discussões em sala de aula, discorra sobre o processo de construção da realidade.

A prova será avaliada segundo os seguintes critérios:
1. Redação: o texto deve ter começo, meio e fim.
2. Teoria: o texto deve apresentar os conceitos e fazer uma boa utilização deles.
3. Redação: o texto deve ser bem construído, com idéias concatenadas e sentido; deve desenvolver um argumento.
4. Originalidade: o texto não pode ser reprodutivo; deve demonstrar familiaridade com o universo da escrita e ter um repertório.

O nosso novo cronograma de aulas e leituras fica assim:

Dia 26/10: entrega da prova e discussão sobre o texto de Berger.
Dia 09/11: Discussão sobre texto de Antonio Candido.
Dia 16/11: Discussão sobre texto de Antonio Candido.
Dia 23/11: Discussão sobre texto do Giddens.
Dia 30/11: Discussão sobre texto do Giddens.
Dia 07/12: prova.
Dia 14/12: prova substitutiva.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

ATENÇÃO - Turma das segundas-feiras - Não haverá aula dia 26

Pessoal,

Compartilhamos (abaixo) aviso da reitoria de que não haverá expediente na USP no próximo dia 26 de outubro.

Esta seria a data de nossa primeira prova.

A professora Graça pediu para avisar que, na próxima segunda, dia 19, faremos em sala uma amarração de nossas discussões até hoje e marcaremos uma nova data para a prova.

Um abraço!
Michelle

Senhor(a) Dirigente

Considerando a edição do Decreto nº 54.910, datado de 14/10 e publicado no DOE de 15/10/2009, do Senhor Governador do Estado, que "dispõe sobre o expediente nas repartições públicas estaduais no dia 28 de outubro de 2009 e dá providências correlatas", informo que ficam alterados os termos do Ofício GR/CIRC/1075, de 1º/12/2008, passando a ser considerado como ponto facultativo o dia 26/10/2009 (segunda-feira) e normal o expediente no dia 28/10/2009 (quarta-feira), em comemoração ao Dia do Funcionário Público.

As Unidades e os Órgãos da USP com atividades essenciais e de interesse público poderão, a critério de seus Dirigentes e em caráter excepcional, estabelecer o horário de funcionamento no dia 26/10/2009.

Solicito, outrossim, seja dada ampla divulgação do teor do presente Ofício Circular no âmbito dessa Unidade/Órgão.

Atenciosamente,

Suely Vilela
Reitora

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Roteiro para observação do filme 'Um violinista no telhado'

Na próxima semana, as turmas da disciplina Introdução aos estudos da educação assistirão ao filme Um violinista no telhado. Segue roteiro para observação do filme, para posterior debate em sala.

Atividade paralela: Indicação Filme - “Um violinista no telhado” de Norman Jewison.

Objetivos da atividade
1 - exercício de sistematização de conceitos vistos nas aulas anteriores
1.1 - processo de socialização
1.2 - identidade
1.3 - processo de interiorização
1.4 - papéis sociais

2 - exercício de observação etnográfica
2.1 - a tradição, a família e a religião como agentes socializadores e orientadores de uma visão de mundo, um estilo de vida
2.2 - papéis sociais definidos segundo preceitos religiosos baseados na tradição
2.3 - a esfera religiosa compondo-se com a esfera do cotidiano
2.4 - rituais religiosos onde os preceitos, regras e proibições são vistos como veículos mediadores da socialização
2.5 - a instância religiosa como produtora de valores e símbolos sociais

3 - aspectos da transformação da ordem social
3.1 - a mudança social como fator geracional
3.2 - a mudança social e o questionamento político
3.3 - a intolerância religiosa/política

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Agenda do Grupo de Estudos 2o semestre de 2009

Reuniões sempre às terças-feiras, às 14hs na sala 106, bloco A da FE-USP.

Dia 29 de setembro

Discussão: Individualismo e os Intelectuais, in A ciencia social e a ação, São Paulo, Difel, 1975.
(Seminário Sidnei Vares)

e A modernidade e a sociologia em Emile Durkheim, Augusto Cesar Freitas de Oliveira, in Comum, Rio de Janeio, vol.6, n/6, janeiro junho, 2001.

Dia 20 de outubro

Discussão: Bernard Lahire, As modalidades da transmissão e Uma atropologia da interdependência. in Sucesso escolar nos meios populares, Ed. Atica.
(Seminário Tatiane)

Dia 17 de novembro

Projetos de Michelle Prazeres e Renato Maldonado.

Dia 24 de novembro


Seminário: Mestrado Elias

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Palestra: Percorrendo a pedagogia do século XX, para entrar no século XXI

Segue abaixo a pedido da Prof. Graça aviso de palestra da secretaria da Pós.
Um abraço
Michelle

A pedido da Profa. Dra. Denice Barbara Catani, a Secretaria de Pós-Graduação divulga a todos(as) a palestra que será proferida pelo Prof. Dr. António Nóvoa (Reitor da Universidade de Lisboa - Portugal), conforme informações abaixo:

Palestra: Percorrendo a pedagogia do século XX, para entrar no século XXI.

Data: 15/09/2009 (próxima 3ª. feira);
Horário: das 20:00 às 22:00 horas;
Local: Auditório da Escola de Aplicação da FEUSP;
Público: Alunos e Professores da Pós-Graduação e da Graduação (Pedagogia e Licenciatura).

Informamos que serão expedidos certificados para os participantes.

Sem mais, colocamo-nos a disposição.

Atenciosamente,

Secretaria de Pós-Graduação - FEUSP
tel(11)3091-3519
fax(11)3091-3160

terça-feira, 1 de setembro de 2009

TURMA DE SEGUNDA: sobre a próxima aula

Pessoal,

Como nem todo mundo estava na aula ontem, quando a Graça deu este aviso, posto ele aqui. Na próxima aula, dia 14, faremos em sala um exercício escrito sobre o texto de Durkheim indicado como leitura obrigatória.

DURKHEIM, Emile (1978), “A Educação – sua natureza e função”. In: Educação e Sociologia.

O texto se encontra na xerox, na pasta 148.

Um abraço
Michelle

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Oficina de Produção de vídeos

Objetivo: Realizar um vídeo, trabalhando em grupos desde a formatação do
roteiro, passando pela captação e edição. Oferecer uma visão sobre os
gêneros e formatos de vídeos mais utilizados por universidades, apresentando
suas principais características e aplicações. Apresentar o fluxo de
produção de um vídeo e um modelo para projetos de vídeos.

Público-alvo: Professores.
Duração: 2 dias - 10 e 11 de setembro - 9:00 às 17:00 horas
Local: Estudio - sala 118 - Bloco B - Faculdade de Educação
Professor: Adriano Adoryan

Candidatos por gentileza enviar e-mail para digital@fe.usp.br até o dia
28/08/09.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Seminário: O Plano de Desenvolvimento da Educação – resultados e desafios

Seminário: O Plano de Desenvolvimento da Educação – resultados e desafios

14 e 15 de setembro – São Paulo

Em abril de 2007, o governo federal anunciou o Plano de Desenvolvimento da
Educação – PDE. A iniciativa estimulou debates, críticas e elogios. Dois
anos depois, convidamos você a fazer conosco a avaliação de sua
implementação.
Participe!

14 de setembro

8h – Credenciamento
8h45 – Abertura: Maria Malta Campos (presidenta da Ação Educativa)
9h – “PDE 2 anos – balanço de resultados e desafios” – Fernando Haddad,
ministro da Educação

Mesa 1 - 10h 15 – O PDE: acesso e qualidade
Jorge Abrahão (IPEA); Maria do Pilar Lacerda (MEC); Naomar Monteiro de
Almeida Filho (UFBA/Conselho Desenvolvimento Econômico e Social-CDES); Vera
Masagão Ribeiro (Ação Educativa); Maria do Carmo Brant de Carvalho (Cenpec)

Mesa 2 – 14h – PDE e Desenvolvimento
André Lázaro (MEC); André Baniwa (vice-prefeito de São Gabriel da
Cachoeira/AM); David Barros (Conselho Nacional de Juventude); Claudia
Werneck (Escola de Gente); Maria Clara Di Pierro (USP); Mônica Molina (UnB);
Valter Silvério (UFSCar); Clemente Ganz (Observatório da Equidade/CDES e
Dieese)


15 de setembro

Mesa 3 - 9h 30 – Partilha das responsabilidades
Cleuza Repulho (secretária municipal de educação de São Bernardo/SP); Maria
Alice Setubal (Cenpec); Paulo Renato de Souza (secretário educação do estado
de São Paulo – a confirmar); Maria Beatriz Luce (UFRGS e Conselho Nacional
de Educação-CNE)

Mesa 4
14h – Participação e controle social
Augusto Chagas (UNE e CDES); César Callegari (CNE e secretário municipal de
educação de Taboão da Serra/SP); Daniel Cara (Campanha Nacional pelo Direito
à Educação); Maria do Rosário (deputada federal e presidente da Comissão
Educação); Mozart Ramos (Compromisso Todos pela Educação); Roberto Franklin
de Leão (CNTE); Sérgio Haddad (Ação Educativa e CDES)

O Plano de Desenvolvimento da Educação – resultados e desafios

Data: 14 e 15 de setembro
Local: Rua General Jardim nº 182 – Centro - próximo à Estação República do
Metrô

Inscrições – pde@acaoeducativa.org – F.: (11) 3151-2333 ramal 101
O evento é gratuito

Se você possui algum tipo de deficiência, por favor, entre em contato para
que possamos garantir sua acessibilidade. Haverá interpretação em LIBRAS.

Realização:
Ação Educativa/Observatório da Educação
Cenpec
Observatório da Equidade/CDES
Avina

Apoio Institucional:
EED

Apoio:
Fundação Ford
Save the Children
Aliança Francesa

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Introdução aos Estudos da Educação - AVISO

Pessoal,

Verifiquei os textos na xerox e o texto para a próxima aula, de Wright MILLS deve ser lido apenas em seu primeiro capítulo, "A promessa", que vai até a página 31.

A xerox grampeou junto com este capítulo o restante das cópias do mesmo livro.
O outro capítulo é a leitura complementar da aula 3, como vocês podem verificar bnos programas.

A leitura para a próxima aula é apenas do primeiro capítulo.
Ou seja: até a página 33.


Um abraço
Michelle

Introdução aos Estudos da Educação - PROGRAMA DAS TURMAS DE QUINTA

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
2º SEMESTRE 2009 Disciplina – Introdução aos Estudos da Educação
RESPONSÁVEL - PROFA. DRA. MARIA DA GRAÇA J. SETTON
Título da disciplina – O processo de socialização – aspectos de sua dimensão tradicional e moderna.
Objetivos da disciplina: A disciplina tem como objetivo apresentar um conjunto de conceitos que habilite os alunos a pensar sociologicamente o processo educativo ou socializador. Primeiramente, faremos uma breve discussão sobre a especificidade da ciência Sociologia, procurando mostrar sua importância na formação do educador. Logo em seguida, dando destaque a discussões contemporâneas sobre o tema, discutiremos o alcance e o limite de cada uma das instâncias educativas/socializadoras no sentido de abordar as instituições tradicionais (família e religião) e modernas (escola e mídias), considerando as especificidades de cada uma delas. Por fim, analisando a particularidade da socialização na atualidade, contextualizaremos este processo em uma nova configuração sócio-cultural. Ao refletir sobre as transformações sofridas pelo processo educativo no último século, temos ainda a intenção de introduzir o aluno aos novos desafios da educação na sociedade atual.
Cronograma
1-20 de agosto
Apresentações – discussão sobre o programa de curso
2 – 27 de agosto
MILLS, Wright (1964). “A promessa”. In: A imaginação sociológica. Ed. Zahar. Rio de Janeiro.
3 – 03 de setembro
MILLS, Wright (1964). “A promessa”. In: A imaginação sociológica. Ed. Zahar. Rio de Janeiro.
Bibliografia Complementar
ELIAS, Norbert (1999). Introdução à sociologia. Lisboa: Ed.70, p.13-34. (Introdução)
MILLS, Charles Wright (1965). A imaginação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, p.211-243. (Apêndice – Do artesanato intelectual.)
NISBET, Robert. A sociologia como uma forma de arte. In: Revista Plural, USP, São Paulo.
BERGER, Peter L (1986). Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. Petrópolis: Vozes.
BOURDIEU, Pierre (1980). Uma ciência que perturba. Entrevista a Pierre Thuillier. In: _________. Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, p.16-20.
4 - 10 de setembro
DURKHEIM, Emile (1978), “A Educação – sua natureza e função”. In: Educação e Sociologia. Pp.33-49.
5 - 17 de setembro
DURKHEIM, Emile (1978), “A Educação – sua natureza e função”. In: Educação e Sociologia. Pp.33-49.
6 - 24 de setembro
BERGER, Peter, (2003), “Religião e construção do mundo”. In: O dossel sagrado. Ed. Paulus, São Paulo.
Bibliografia Complementar
SANCHIS, Pierre. (2006). Cultura Brasileira e religião...passado e atualidade. Cadernos CERU, série 2, vol.19, n.2, dezembro 2008.
DURKHEIM, Emile. Excertos dos textos “Sociedade como fonte do pensamento lógico”, “Algumas formas primitivas de classificação” e Sociologia da religião e teoria do conhecimento”. In: Durkheim, Coleção Grandes Cientistas Sociais, Ática, São Paulo, 1978.
7 - 01 de outubro
BERGER, Peter, (2003), “Religião e construção do mundo”. In: O dossel sagrado. Ed. Paulus, São Paulo.
8 - 08 de outubro
Projeção do Filme - Um violinista no Telhado – 1971 – Norman Jewison – 180min.
GIDDENS, Anthony. (2000), “Família” e “Tradição”. In: Mundo em descontrole - o que a globalização está fazendo de nós. Ed. Record. Rio de Janeiro / São Paulo.
SETTON, Maria da Graça Jacintho. Cinema: instrumento reflexivo e pedagógico. In A cultura da mídia na escola: ensaios sobre cinema e educação. Ed. Annablume, São Paulo, 2004e, pp. 67-80.
9 - 15 de outubro
Prova
10 - 22 de outubro
BERGER, Peter & LUCKMANN, Thomas (1983). “A sociedade como realidade subjetiva”. In: A construção social da realidade. Ed. Vozes. Petrópolis. Pp.173-184
11 - 29 de outubro
BERGER, Peter & LUCKMANN, Thomas (1983). “A sociedade como realidade subjetiva”. In: A construção social da realidade. Ed. Vozes. Petrópolis. Pp.184-195
12 - 05 de novembro
CANDIDO, Antônio. A estrutura da escola. In Contribuição sociológica aos cursos especializados de administração escolar. s/d.
Bibliografia Complementar
NÓVOA, Antônio (1991). “Para o estudo sócio-histórico da gênese e desenvolvimento da profissão docente”. In: Teoria e Educação, nº. 4, São Paulo.
13 - 12 de novembro
GIDDENS, Anthony. (1994), “Introdução” In: Modernidade e Identidade Pessoal. Ed. Celta. Portugal, p.1-8.
Bibliografia Complementar
GIDDENS, Anthony (1991) As conseqüências da modernidade, Ed. UNESP, São Paulo.
14 - 19 de novembro
GIDDENS, Anthony. (1994), “Introdução” In: Modernidade e Identidade Pessoal. Ed. Celta. Portugal, p.1-8.
15 - 26 de novembro
DUBET, François. A formação dos indivíduos: a desinstitucionalização escolar. Contemporaneidade e Educação, ano III, março, São Paulo, p.27-33.
Bibliografia Complementar
DUBET, François, (1996), Sociologia da Experiência. Instituto Piaget, Lisboa.
16 - Dia 03 de dezembro
Prova
OBS- Leituras complementares serão indicadas ao longo do curso, na medida em que as discussões forem solicitando.
Avaliação
Participação em sala de aula, trabalhos em grupo, provas e fichamentos optativos.
Roteiro de Leitura
Para garantir a compreensão dos textos indicados todos eles deverão passar por uma leitura cuidadosa. Assim, seria importante que o aluno seguisse estas sugestões.
1 – Leia todo o texto grifando as frases que considera essenciais
2 – Dê um nome a cada um dos parágrafos a fim de que eles expressem a idéia principal ali anunciada
3 – Faça uma síntese contendo
d. os objetivos do texto
e. o argumento do autor e
f. a sua conclusão
OBS: No início as sínteses serão longas, mas com a prática elas irão ficar mais precisas.
“A explicação sociológica exige, como requisito essencial, um estado de espírito que permita entender a vida em sociedade como estando submetida a uma ordem, produzida pelo próprio concurso das condições, fatores e produtos da vida social”. Florestan Fernandes.
......A sociologia da educação é um capítulo, e não dos menores, da sociologia do conhecimento e também da sociologia do poder – sem falar da sociologia das filosofias do poder. Longe de ser este tipo de ciência aplicada, portanto inferior e adequada somente para os pedagogos, que se acostumaram a vê-la dessa forma, ela se situa na base de uma antropologia geral do poder e da legitimidade: ela conduz, com efeito, ao princípio dos “mecanismos” responsáveis pela reprodução das estruturas sociais e pela reprodução das estruturas mentais que, por lhe serem genética e estruturalmente vinculadas, favorecem o desconhecimento da verdade dessas estruturas objetivas e, por isso, o reconhecimento de sua legitimidade.
Estruturas sociais e estruturas mentais, Pierre Bourdieu. In Teoria e Educação, 3, 1991, pp113-119.

Introdução aos Estudos da Educação - PROGRAMA DAS TURMAS DE SEGUNDA

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
2º SEMESTRE 2009 Disciplina – Introdução aos Estudos da Educação
RESPONSÁVEL - PROFA. DRA. MARIA DA GRAÇA J. SETTON
Título da disciplina – O processo de socialização – aspectos de sua dimensão tradicional e moderna.
Objetivos da disciplina: A disciplina tem como objetivo apresentar um conjunto de conceitos que habilite os alunos a pensar sociologicamente o processo educativo ou socializador. Primeiramente, faremos uma breve discussão sobre a especificidade da ciência Sociologia, procurando mostrar sua importância na formação do educador. Logo em seguida, dando destaque a discussões contemporâneas sobre o tema, discutiremos o alcance e o limite de cada uma das instâncias educativas/socializadoras no sentido de abordar as instituições tradicionais (família e religião) e modernas (escola e mídias), considerando as especificidades de cada uma delas. Por fim, analisando a particularidade da socialização na atualidade, contextualizaremos este processo em uma nova configuração sócio-cultural. Ao refletir sobre as transformações sofridas pelo processo educativo no último século, temos ainda a intenção de introduzir o aluno aos novos desafios da educação na sociedade atual.
Cronograma
1-17 de agosto
Apresentações – discussão sobre o programa de curso
2- 24 de agosto
MILLS, Wright (1964). “A promessa”. In: A imaginação sociológica. Ed. Zahar. Rio de Janeiro.
Bibliografia Complementar
ELIAS, Norbert (1999). Introdução à sociologia. Lisboa: Ed.70, p.13-34. (Introdução)
MILLS, Charles Wright (1965). A imaginação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, p.211-243. (Apêndice – Do artesanato intelectual.)
NISBET, Robert. A sociologia como uma forma de arte. In: Revista Plural, USP, São Paulo.
BERGER, Peter L (1986). Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. Petrópolis: Vozes.
BOURDIEU, Pierre (1980). Uma ciência que perturba. Entrevista a Pierre Thuillier. In: _________. Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, p.16-20.
3 - 31 de agosto
MILLS, Wright (1964). “A promessa”. In: A imaginação sociológica. Ed. Zahar. Rio de Janeiro.
07 de setembro
Semana da Pátria não haverá aula
4- 14 de setembro
DURKHEIM, Emile (1978), “A Educação – sua natureza e função”. In: Educação e Sociologia. Pp.33-49.
5 - 21 de setembro
DURKHEIM, Emile (1978), “A Educação – sua natureza e função”. In: Educação e Sociologia. Pp.33-49.
6- 28 de setembro
BERGER, Peter, (2003), “Religião e construção do mundo”. In: O dossel sagrado. Ed. Paulus, São Paulo.
Bibliografia Complementar
SANCHIS, Pierre. Cultura Brasileira e religião...passado e atualidade. In Cadernos CERU, série 2, vol.19, n.2, dezembro 2008.
DURKHEIM, Emile. Excertos dos textos “Sociedade como fonte do pensamento lógico”, “Algumas formas primitivas de classificação” e Sociologia da religião e teoria do conhecimento”. In: Durkheim, Coleção Grandes Cientistas Sociais, Ática, São Paulo, 1978.
7 – 05 de outubro
BERGER, Peter, (2003), “Religião e construção do mundo”. In: O dossel sagrado. Ed. Paulus, São Paulo.
12 de outubro
Feriado Religioso
8 - 19 de outubro
Projeção do Filme - Um violinista no Telhado – 1971 – Norman Jewison – 180min.
GIDDENS, Anthony. “Família” e “Tradição”. In: Mundo em descontrole - o que a globalização está fazendo de nós. Ed. Record. Rio de Janeiro / São Paulo, 2000.
SETTON, Maria da Graça Jacintho. Cinema: instrumento reflexivo e pedagógico. In A cultura da mídia na escola: ensaios sobre cinema e educação. Ed. Annablume, São Paulo, 2004, pp. 67-80.
9 - 26 de outubro
Prova
02 de novembro
Feriado Finados
10 - 9 de novembro
BERGER, Peter & LUCKMANN, Thomas (1983). “A sociedade como realidade subjetiva”. In: A construção social da realidade. Ed. Vozes. Petrópolis. Pp.173-184
11- 16 de novembro
BERGER, Peter & LUCKMANN, Thomas (1983). “A sociedade como realidade subjetiva”. In: A construção social da realidade. Ed. Vozes. Petrópolis. Pp.184-195


12- 23 de novembro
CANDIDO, Antônio. A estrutura da escola. In Contribuição sociológica aos cursos especializados de administração escolar. s/d.
Bibliografia Complementar
NÓVOA, Antônio. “Para o estudo sócio-histórico da gênese e desenvolvimento da profissão docente”. In: Teoria e Educação, nº. 4, São Paulo, 1991.
13 - 30 de novembro
GIDDENS, Anthony. (1994), “Introdução” In: Modernidade e Identidade Pessoal. Ed. Celta. Portugal, p.1-8.
Bibliografia Complementar
GIDDENS, Anthony (1991) As conseqüências da modernidade, Ed. UNESP, São Paulo.
14 – 07de dezembro
DUBET, François. A formação dos indivíduos: a desinstitucionalização escolar. Contemporaneidade e Educação, ano III, março, São Paulo, p.27-33.
Bibliografia Complementar
DUBET, François, (1996), Sociologia da Experiência. Instituto Piaget, Lisboa.
15 – 14 de dezembro
Prova
OBS- Leituras complementares serão indicadas ao longo do curso, na medida em que as discussões forem solicitando.
Avaliação
Participação em sala de aula, trabalhos em grupo, provas e fichamentos optativos.
Roteiro de Leitura
Para garantir a compreensão dos textos indicados todos eles deverão passar por uma leitura cuidadosa. Assim, seria importante que o aluno seguisse estas sugestões.
1 – Leia todo o texto grifando as frases que considera essenciais
2 – Dê um nome a cada um dos parágrafos a fim de que eles expressem a idéia principal ali anunciada
3 – Faça uma síntese contendo
a. os objetivos do texto
b. o argumento do autor e
c. a sua conclusão

OBS: No início as sínteses serão longas, mas com a prática elas irão ficar mais precisas.
“A explicação sociológica exige, como requisito essencial, um estado de espírito que permita entender a vida em sociedade como estando submetida a uma ordem, produzida pelo próprio concurso das condições, fatores e produtos da vida social” Florestan Fernandes.
......A sociologia da educação é um capítulo, e não dos menores, da sociologia do conhecimento e também da sociologia do poder – sem falar da sociologia das filosofias do poder. Longe de ser este tipo de ciência aplicada, portanto inferior e adequada somente para os pedagogos, que se acostumaram a vê-la dessa forma, ela se situa na base de uma antropologia geral do poder e da legitimidade: ela conduz, com efeito, ao princípio dos “mecanismos” responsáveis pela reprodução das estruturas sociais e pela reprodução das estruturas mentais que, por lhe serem genética e estruturalmente vinculadas, favorecem o desconhecimento da verdade dessas estruturas objetivas e, por isso, o reconhecimento de sua legitimidade.
Estruturas sociais e estruturas mentais, Pierre Bourdieu. In Teoria e Educação, 3, 1991, pp113-119.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Atividade dia 13 de julho

((Mensagem da professora Graça))

Na tentativa de contemplar os interesses dos alunos da disciplina e aproveitando o ambiente estabelecido pós- greve, pensamos em duas atividades que pudessem contribuir para o amadurecimento teórico oferecido pelas leituras do curso bem como pudessem auxiliar no debate acerca dos desafios do descompasso entre universidade e comunidade em geral.

Assim, elaboramos as seguintes atividades:

É essencial a leitura e a apropriação das leituras abaixo relacionadas.

Turma 1

Leitura

Pierre Lévy e os dois primeiros artigos da Revista Educação e Pesquisa, Em foco Educação e Tecnologia (referências no cronograma do curso).

Turma 2

Leitura

Setton, Maria da Graça. A mídia e o ensino superior: é possível a criação de um consenso. Revista Educação e Realidade. FE-UFRGS, vol.27, n.1, 151-181, 2002 (disponível na Internet).

Bourdieu, Pierre. Sobre a Televisão. Rio de Janeiro, Ed. Zahar, 1997.

Início da aula 19:45.

A classe será dividida em dois grupos

1-O primeiro irá montar uma discussão de aproximadamente meia hora para relatar aos colegas:

Como conceituar Cibercultura?

O que seria Educação à Distancia para Pierre Lévy e as outras pesquisadoras?

Qual a importância do conceito Inteligência coletiva neste processo?

Conceitos como interatividade, virtualidade, autonomia individual são importantes neste processo?

A tecnologia é neutra?

À serviço de quem ela está ou deveria estar?

Existe um consenso a respeito?

Qual o papel do professor neste processo? Ele será desqualificado?

2 – O segundo grupo irá montar uma discussão de aproximadamente meia hora para relatar aos colegas quais os instrumentos de tornar a notícia ideológica?

Como desconstruir o argumento da mídia?

Quais os aspectos a reelaborar?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Avisos importantes

Pessoal,

Alguns avisos importantes que retomamos ontem durante a nossa aula.

1. Prova: o prazo foi estendido para dia 3 de agosto, em função do calendário de entrega das notas do semestre. As provas devem ser entregues na próxima aula ou no escaninho da professora Graça.

2. Aula dia 13: na próxima segunda, dia 13, teremos aula normal, no mesmo horário e sala. Faremos uma aula de amarração, em que trataremos de temas que elencamos na aula de ontem (dia 6) como aqueles que precisamos aprofundar. A professora vai planejar a aula nos próximos dias e pensar um formato para viabilizar a discussão da maior parte dos temas em questão. Foram recomendadas as leituras dos textos da professora Belmira (enviados por email) e de Pierre Levy, bem como o capítulo do livro da professora enviado por email e disponível no blog.

3. Fichamentos: não é mais possível entregar fichamentos atrasados.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Aulas dos dias 6 e 13

Caroas/as alunos/as,

A pedido da professora Graça, informo que na próxima segunda-feira, dia 6 de julho, estaremos de volta às atividades do curso Mídia e Educação, no mesmo horário e na mesma sala.

As discussões seguirão o seguinte calendário:

Dia 6
Discussão sobre cibercultura, com textos de Pierre Levy e o texto do livro da professora, postado aqui no blog, sobre cibercultura.

Dia 13
Texto do Jesus Martin-Barbero

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Carta aberta do CAPPF aos docentes da Faculdade de Educação da USP

Prezados/as alunos/as,

Confiram abaixo a Carta aberta aos docentes da Faculdade de Educação da USP, enviada pelo CAPPF.
Apoiamos a iniciativa do CA e aproveitamos para informar a todos/as que, antes da greve, fizemos um debate em sala. Depois que aderimos à paralisação, aproveitamos que tínhamos este canal pela rede (nosso blog) e a nossa troca de e-mails para manter todos/as vocês informados/as sobre o que estava ocorrendo na mobilização.
Acompanhamos as movimentações para definir as nossas atividades de curso, fizemos uma das atividades (sobre EAD) como atividades de greve e suspendemos aulas e prazos em função das paralisações.
Mantivemos apenas o prazo da prova final, mas avaliamos que isso seria possível pelo fato de não de tratar de uma prova convencional, mas de uma questão a ser respondida sobre o curso, que independe inclusive do andamento das outras aulas, pois diz respeito a todo processo e não aos conteúdos especificamente.

Segue a carta abaixo.
Se quiserem, fiquem à vontade para divulgar.


Caros(as) professores(as),


Decidimos procurá-los através desta carta para polemizar a conduta que
alguns docentes vêm assumindo em relação à greve desde 5 de junho de 2009;
data da decisão coletiva da assembleia geral dos docentes.


Pensamos que tal adesão não deveria se limitar à ausência física das salas
de aula, pois o movimento não se restringe às pautas de reivindicação e às
palavras de ordem, mas demanda envolvimento e dedicação no sentido de um
aprofundamento dos debates. Buscamos resgatar o sentido público e
democrático da universidade, além de compreender o significado da política
autoritária implementada pela burocracia acadêmica e atual reitora. Assim,
para nós, estar em greve significa o mesmo que estar em trabalho formativo,
o qual se concretiza com as diversas atividades, discussões, deliberações,
tarefas, e com a reflexão necessária nos fóruns coletivos.


Partindo deste pressuposto, consideramos desmobilizador e incoerente que
alguns professores se declarem em estado de greve, ausentem-se da sala de
aula e, ao mesmo tempo, exijam dos alunos a entrega de trabalhos (finais ou
extras, como forma de "reposição" virtual de aulas, no segundo caso), em
prazos estabelecidos à revelia do movimento. Desmobilizador, porque toma dos
estudantes tempo e energia necessários ao envolvimento politizado com a
greve, nos forçando a optar entre o movimento ou a realização de tais
trabalhos; incoerente, pois a entrega dos mesmos pressupõe dedicação, do
professor e do aluno, e trabalho em atividades estranhas à greve,
compatíveis com a rotina normal. Vale salientar também que a qualidade na
produção destes fica comprometida, pois não é possível ampliar a consulta de
fontes na biblioteca, que está em greve, além de o acesso a meios virtuais
contemplar apenas os estudantes que possuem computador em detrimento aos que
precisam usar o serviço da sala pró-aluno. Que fique claro que apoiamos a
greve dos funcionários mesmo que nos impeça de utilizar esses serviços. Tal
impedimento pode gerar nos alunos dois possíveis movimentos extremamente
distintos: de indignação para com os funcionários, que acaba assumindo um
caráter egoísta, ou de indignação para com a reitoria da universidade que
não atende as demandas trabalhistas.


Destacamos também nossa discordância no tocante à situação de alguns
professores que não aderem as deliberações da própria categoria, e acima de
tudo e de todos impõem aos alunos uma concepção individual e excludente em
suas deliberações, concepção esta que deslegitima as instâncias democráticas
de expressão e organização coletivas, e por isso é destoante do que
concebemos como formação pedagógica. Há professores que simplesmente
encerraram o curso e não propuseram uma indicação de reposição de aulas,
conteúdos e métodos de avaliação pós-greve, como se não fosse importante
essa prática normal em situação de paralisação das aulas.


Alguns professores alegam ser democráticos em seu procedimento, porque este
teria sido "decidido coletivamente", na instância da sala de aula. Pensamos
que, malgrado a prática da decisão coletiva na sala seja, em outros
momentos, louvável sob o ponto de vista pedagógico, e embora seja muito
interessante que professores discutam o movimento e suas motivações junto a
seus alunos, tais discussões devem estar pautadas nas decisões tomadas,
democraticamente, nas assembleias de cada categoria, para não cairmos no
erro de deslegitimar os espaços coletivos de decisão, prática essa
importante para a formação política dos estudantes e também dos professores.


A exigência dos prazos "normais" para entrega de trabalhos e avaliações em
geral, nos parece além disso autoritária e contraditória à teoria
apresentada em sala de aula. O descumprimento individual de decisões
coletivas tomadas em instâncias legítimas de expressão de ideias e
organização, é a aceitação tácita da política autoritária que almeja o total
esvaziamento dessas mesmas instâncias, e a perda de sua legitimidade. Mas,
pior que isso, em nome de uma suposta "liberdade individual", utiliza
autoritariamente seu poder institucional conferido pela hierarquia,
prejudicando os alunos que levam a sério seu direito à expressão e
organização coletivas. Numa palavra, exercem retaliação acadêmica contra os
estudantes que lutam, democraticamente, em favor da manutenção de direitos
democráticos.


Por tudo isso, pedimos que TODOS os professores favoráveis ao movimento
suspendam TODAS as atividades estranhas à greve, para si e para seus alunos.
O espaço para expressão da opinião dos alunos da sua classe está garantido
na assembleia - e é lá que devemos orientá-los a atuar.
Pedimos, assim, um posicionamento claro por parte de vocês, nossos
professores, no tocante aos pontos levantados.


Desde já, agradecemos a atenção.


O Centro Acadêmico dispõe de um site www.cappf.org.br, e gostaríamos de
disponibilizar no mesmo a resposta dessa carta por parte do corpo docente da
Faculdade de Educação.


Cordialmente,

Centro Acadêmico Professor Paulo Freire.


--
CAPPF - Centro Acadêmico Professor Paulo Freire

Telefone: 11-3091-3293
Site: www.cappf.org.br

sexta-feira, 19 de junho de 2009

CONFIRMADA atividade desta segunda, dia 22

Pessoal,

Escrevo para confirmar nossa atividade de segunda-feira, dia 22, com a professora Belmira Bueno, sobre educação à distância.

A maioria dos/as alunos/as se posicionou a favor e o pessoal que está envolvido com a greve avaliou que seria bom fazermos a atividade enquanto parte do calendário da mobilização.

Então, nos vemos às 19h30 no auditório da FE-USP.

Um abraço e até lá.
Michelle

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Prova do curso Mídia e Educação

Prezados/as alunos/as

A pedido da professora Graça, disponibilizamos abaixo a questão que deve respondida e entregue até o dia 6 de julho para a avaliação final do curso Mídia e Educação.

A prova deve ser entregue no mesmo sistema dos fichamentos, em sala de aula.
Caso estejamos até o dia 6 em greve, daremos notícias sobre outras possibilidades.

Um abraço
Michelle

No nosso curso, estudamos a mídia como matriz de cultura e instituição socializadora na contemporaneidade. Como você pensava a(s) mídia(s) antes do curso e como pensa depois de nossas aulas? As discussões em sala, leituras e palestras provocaram alguma mudança no seu raciocínio em relação aos meios de comunicação e à compreensão do fenômeno das mídias na atualidade? Que mudança foi esta? Comente.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Posição da Congregação da FE-USP

Caros/as alunos/as,

Compartilhando...

Abs
Michelle

Prezadas Senhoras e Prezados Senhores, a pedido da Direção
encaminhamos o documento referente a posição da Congregação diante da
gravidade dos acontecimentos ocorridos no campus da USP na tarde de
09/06.
O documento foi aprovado por unanimidade (20 votos).
Atenciosamente.
Secretaria da Direção.


-----------------------------------------
"Posição da Congregação da Faculdade de Educação da USP
Diante da gravidade dos acontecimentos ocorridos no campus da USP na
tarde de 09/06/2009, a Congregação da FEUSP, reunida em 15/06/2009,
vem a público manifestar o que segue:
1. A presença da força policial no campus da USP não se coaduna, sob
qualquer pretexto, com as características do ambiente acadêmico e sua
retirada imediata é absolutamente imprescindível.
2. Não podemos aceitar passivamente que atos violentos instalem-se em
um espaço constituído para o pensamento e a reflexão. É preciso
encontrar formas de reabrir o diálogo e reinstalar a confiança na
palavra, de modo a permitir que os meios próprios para a solução de
conflitos universitários prevaleçam sobre a força bruta.
3. Considerando que é responsabilidade de todos nós, professores,
alunos e funcionários da USP, encontrar meios de afastar todas as
formas de violência no campus, para preservar a Universidade como um
espaço plural e democrático, de geração e partilha do saber, sugerimos
a constituição de uma comissão, formada por professores da USP, com
autoridade reconhecida pelas partes envolvidas, para mediar o presente
conflito e encaminhar, em regime de urgência, propostas de soluções
para as questões cruciais. Professora Doutora Sonia Teresinha de Sousa
Penin. Presidente da Congregação da Faculdade de Educação da USP. S.
Paulo, 15/06/2009.(original assinado)"

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Carta da professora Graça aos alunos do curso

Caros alunos

Escrevo essa breve carta no sentido de manifestar minha posição a respeito dos últimos acontecimentos no interior do movimento de greve na USP.

Considero importante assinalar que ainda que haja reivindicações e pautas distintas entre os três setores ativos da universidade – alunos, funcionários e professores – é necessário apontar um aspecto que agora une todos nós. Trata-se da urgência da retomada das discussões a partir do entendimento sério, democrático e respeitoso do diálogo.

Neste sentido, a permanência das forças policiais no campus da USP deve ser repudiada, pois greve não é caso de polícia nem baderna. É um direito de todos enquanto trabalhadores e cidadãos. Sabemos que outros mecanismos e estratégias de negociação baseados nos direitos e deveres entre os interessados devem ser usados. Uma negociação com uma arma em nossa mira não seria democrático.

Vários relatos confirmam que muitos de nossos conhecidos foram agredidos, mesmo que um grupo de professores, alunos e funcionários tenha se esforçado no sentido de pedir calma e menos truculência aos policiais no dia 09 de junho.

São lamentáveis estes episódios em que a força e o poder das idéias trabalham contra o esclarecimento e alimentem o desconhecimento de um trabalho ardiloso de por fim ao direito de negociação. Os tempos estão mudando e nem no interior da universidade estamos conseguindo abrir espaço para discussão. Seria o fim da universidade pública, autônoma e de excelência acadêmica? Creio, com pesar, que mais do que uma pergunta de retórica esta pode ser uma hipótese que vem se confirmando com um conjunto de projetos e decisões tomadas por apenas um grupo reduzido de dirigentes que interferem na nossa prática docente e discente. Por exemplo, a carreira docente e a UNIVESP para a profissionalização de professores para a educação básica.

Vemos, simultaneamente, um desgaste, uma descrença nos movimentos coletivos, um grande desconhecimento dos motivos da insatisfação entre nós, informações desencontradas e toda sorte de problemas ao se construir um espaço democrático.

Posto isto, na tentativa de colaborar com o diálogo bem como uma alternativa a mais de circulação de idéias, proponho fazer deste espaço – nosso blog - um veículo de trocas de notícias sobre os acontecimentos, a fim de estabelecer debates entre nós e a comunidade fora da USP.

Não abdiquemos de explicar aos nossos familiares os motivos que nos levam a esta paralisação. Mandem e-mails contanto fatos ou enviando fotos que estimulem a franca posição para a negociação.

Bom, trabalho para todos.

Graça

15 de junho de 2009.

Não haverá aula hoje

Atenção alunos/as do curso Mídia e Educação

Não haverá aula hoje, pois segue a greve de alunos, funcionários e professores na USP.
Em breve, postaremos aqui uma carta do grupo em repúdio à repressão no campus.

Sugerimos que visitem os seguintes sites para se manterem informados/as sobre a situação da greve e as atividades previstas:

http://www.cappf.org.br/tiki-index.php
http://www.adusp.org.br/

Fichamentos

Eu e a professora Graça estaremos na FE-USP hoje a partir das 17h. Receberemos - no escaninho dela ou na sala 223 - os fichamentos relativos aos textos da última aula (do seminário da Lisandra sobre Orozco e Barbero). Os demais fichamentos atrasados não serão corrigidos. Podem ser entregues, e serão considerados, mas não daremos um retorno em relação a eles.

Um abraço e boa semana!

CARTA ABERTA DE REPÚDIO À AÇÃO DA POLÍCIA MILITAR NO CAMPUS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, EM 09 DE JUNHO DE 2009

CARTA ABERTA DE REPÚDIO À AÇÃO DA POLÍCIA MILITAR NO CAMPUS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, EM 09 DE JUNHO DE 2009

Nós, professores da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, manifestamos veemente repúdio aos atos violentos da Polícia Militar no interior do campus da USP, ocorridos em nove de junho de 2009.


Tais atos, além de atingirem alunos, docentes e funcionários desta e de outras universidades, colocaram em risco a segurança e a integridade física e psicológica de nossos alunos – crianças e adolescentes com idade entre cinco e dezessete anos.

Ao solicitar a ação da Polícia Militar, a Reitoria evidenciou desconsiderar a existência de uma escola de educação básica que pertence à própria universidade e, como tal, está sob a sua responsabilidade.
A escola encontrava-se em funcionamento na ocasião dos confrontos, que aconteceram no momento da saída dos alunos, em frente à Faculdade de Educação, o que provocou INSEGURANÇA entre aqueles que ainda estavam na escola, e PÂNICO por parte dos pais e familiares que desconheciam como estavam seus filhos
Além disso, várias crianças e adolescentes, que haviam participado de atividades no período da tarde, foram expostos ao confronto direto e aos efeitos das bombas, gases, balas de borracha e à truculência da Polícia Militar.
A suposta defesa do patrimônio físico não justifica essas ações que, na verdade, demonstram a recusa ao diálogo como meio de resolução de conflitos e apontam para a destruição dos princípios de uma sociedade democrática, pelos quais lutam aqueles que atuam nesta universidade.
É triste que as comemorações dos 75 anos desta universidade, em curso neste ano, sejam marcadas por fatos que remontam a períodos autoritários e repressores da história do nosso país.

Professores da Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Próximos passos do curso, prova e fichamentos

Prezados/as alunos/as,

Informamos os próximos passos previstos para o curso.

Peço a gentileza de lerem com atenção todas as informações deste post, pois aqui estão todas as questões que têm sido enviadas por e-mail para mim e para a professora Graça.

Dia 15: Caso a paralisação siga, não haverá aula. Em caso de haver aula, faremos uma amarração, debatendo também as questões relativas aos textos de cibercultura. A leitura recomendada são os textos de Lemos e Levy e o capítulo do livro da professora Graça, postado abaixo.

Dia 22: Palestra confirmada da professora Belmira Bueno, sobre Educação à Distância. Às 19h30 no auditório. A leitura recomendada são os textos que enviei por e-mail e os que estão no xerox.

Dia 29: Aula de amarração do curso, retomando o percurso temático de todas as aulas.

Dia 6: Aula de reposição, encerramento do curso e PRAZO DE ENTREGA DA PROVA FINAL (vejam informações abaixo).

Sobre a prova da disciplina
A prova será feita em casa por vocês. A professora passará a questão nos próximos dias e a questão será postada no blog. O prazo para entrega da prova será a aula do dia 6, quando teremos o encerramento do curso e as amarrações finais.

Prazo para entrega de fichamentos atrasados
O prazo expirou na última semana. Não serão abertas exceções. Daremos o retorno em relação aos fichamentos já entregues na próxima aula. Os fichamentos relativos à aula sobre cibercultura foram cancelados. Não precisam ser feitos, assim como os relativos à palestra da professora Belmira Bueno.

domingo, 7 de junho de 2009

ATENÇÃO! CANCELADA a palestra do Prof. Andre Lemos

Pessoal,

Devido a um problema de comunicação relacionado ao convite ao professor Andre Lemos, a palestra sobre Cibercultura, que seria realizada amanhã, dia 08/05, está cancelada.

O convite havia sido feito por nós, do Grupo Práticas de Socialização Conteporâneas, e operacionalizado pela Secretaria de pós-graduação da FE-USP. No entanto, tivemos um problema de última hora que nos impossibilita de confirmar o encontro.

Havíamos pensado em fazê-lo como atividade de greve, mas sendo ele cancelado, NÃO HAVERÁ AULA, em função da paralisação.

Eu e a professora Graça estaremos na FE-USP, caso queiram tirar dúvidas ou conversar conosco.

Lamentamos e agradecemos a compreensão de todos/as pelo cancelamento tão próximo à data de realização do evento.

Sabemos que algumas pessoas se deslocam por horas para chegar até a aula e que algumas não possuem acesso à rede diariamente e não verão o aviso. Por isso, pedimos àqueles/as que tenham visto ou recebido este, que informem aos colegas de turma, para que haja o menor número possível de imprevistos relacionados ao cancelamento.

Um abraço e obrigada
Michelle

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Palestra de Andre Lemos dia 8 será atividade de greve

Pessoal,

A palestra do professor Andre Lemos, prevista para o próximo dia 8 às 19h30, está mantida e nossa intenção é realizá-la como atividade de greve. Antes do começo da atividade, faremos um informe da paralisação. Inclusive, aqueles/as alunos/as que estão mais envolvidos com as mobilizações estão convidados/as a colocar as principais questões que estão em pauta para o público do encontro.

Vejam abaixo a mensagem da professora Graça sobre isso.


Apoio a paralização pois penso que a situação da universidade vem piorando a cada dia que passa. Excesso de trabalho, poucas recompensas e, sobretudo, um descaso das políticas da reitoria e de nosso governador. No entanto, este evento está no calendário há muito tempo. Não tenho como abrir mão desta palestra pois o Prof. vem de fora e isto implica compra de passagens, estadia etc. Dinheiro público que não pode ser desperdiçado.

Podemos, como farei, colocar esta palestra como uma atividade de greve. Faríamos uma breve menção sobre o movimento de paralização, lembrando os principais acontecimentos que desencadearam a manifestação das três entidades que compõem a USP ( alunos, funcinários e professores). Mas não podemos cancelar o encontro.

Avaliação será com consulta

Turma,

Algumas pessoas me perguntaram sobre a avaliação da disciplina Mídia e Educação.
Ela poderá ser feita com consulta.
Na próxima semana, outras dúvidas poderão ser esclarecidas presencialmente.

Um abraço

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Fichamentos "Cibercultura"

Atenção, pessoal

Das leituras especificadas no 'post' anterior, referente a aula-palestra sobre cibercultura, vocês devem escolher UMA delas para o fichamento.

Um abraço!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Seminário de hoje

Pessoal,

Segue abaixo texto referente ao seminário que Lisandra irá apresnetar na aula de hoje.

Um abraço!
Michelle

Sujeitos e instituições; recepção e mediação: análises com base nos textos de Guillermo Orozco e Robert White

Lisandra Ogg Gomes


“Tudo aquilo que se recebe é recebido ao modo do receptor”.
Tomás de Aquino

“Falar não é repetir as mesmas palavras que nos chegam aos ouvidos, mas... é proferir outras a propósito daquelas”.
Géraud de Cordemoy

As frases citadas acima possibilitam uma aproximação com os propósitos dos textos de Guillermo Orozco (1997 e 1998) e Robert A. White (1998a e 1998b). O mérito de ambos os autores é colocar os sujeitos no centro das discussões a respeito da educação e da mídia. Nesse sentido, os artigos advertem que os sujeitos têm suas histórias de vida, participam de diferentes grupos, atuam conforme o contexto e as circunstâncias das relações sociais. Sendo assim, as mediações estabelecidas entre os sujeitos, entre eles e diferentes grupos e instituições permitem que individual ou coletivamente sejam reproduzidas, difundidas e, principalmente, produzidas leituras plurais acerca daquilo que circula na mídia. Isso demonstra a complexidade do processo de comunicação, um processo que é composto por uma variedade de inter-relações que constroem os sentidos que circulam na sociedade. Esse olhar a partir do sujeito desconsidera as idéias de passividade diante da mídia e de linearidade na transmissão de informação, cada sujeito recebendo e percebendo as mensagens advindas da mídia a partir de suas próprias experiências. Isso implica que os sentidos se fazem e desfazem nas relações sociais e, portanto, que se trata de um processo que não, necessariamente, atingirá a intenção produzida pelos emissores.
Contudo, os autores não desqualificam nem a lógica da produção e da hegemonia nem a responsabilidade dos produtores midiáticos para com os consumidores. Além dessas relações, fazem-se presentes o consumo e a identidade de cada sujeito. São identidades construídas no jogo da alteridade. Solange Jobim e Souza (2005) dirá que “É com o olhar do outro que me comunico com o meu interior. Tudo o que diz respeito a mim chega a minha consciência por meio da palavra do outro, com sua entonação valorativa e emocional”. Dessa forma, os produtos, as representações, as práticas e discursos transcorrem na mídia, mas são os sujeitos que dão sentidos a elas, fazem suas escolhas e fazem-nas a partir das confrontações, negociações e interações vividas nos processos socializadores, relacionadas à sua cultura e às suas vontades subjetivas.
Sendo assim, não é possível partir de uma explicação apocalíptica e muito menos integrada para explicar a atuação da mídia na sociedade. O que se faz necessário é considerar o contexto, os usos e os sentidos dados pelos atores sociais às mensagens que podem ser orais, visuais, musicais ou audiovisuais. São diferentes modos de recepção que influem e modificam a compreensão que os sujeitos constroem acerca do mundo. São recepções que são mediadas por diferentes instâncias socializadoras. Na atualidade e segundo Guillermo Orozco, a escola não tem conseguido cumprir o projeto educativo que se propôs e, diante da sua deficiência, responsabiliza a mídia. Para Jesús Martin-Barbero (1996), o que está em crise é o modelo e os dispositivos de comunicação que causam rupturas entre gerações e conflitos entre culturas. Todavia, a escola escamoteia esses conflitos reduzindo-os a questões morais e traduzindo-os em um discurso de lamentações sobre a manipulação que a mídia faz da ingenuidade e curiosidade das crianças.
A escola precisa estar em compasso com aquilo que faz parte do mundo dos seus alunos. Entre as crianças há circulação, mediação e socialização daquilo que transcorre na mídia; no entanto, a escola não considera essa questão. Em geral, o que faz é achar que o que é transmitido pela mídia não é fonte de aprendizagem. Da mesma forma, minimiza a influência da fantasia e do discurso e usa seu poder – de instância legitimada pela sociedade para a transmissão do conhecimento – para desacreditar a cultura do aluno e validar a cultura erudita como se fosse a única vivente.
A escola ainda é o lugar de sistematização do conhecimento, mas não é mais o único lugar de formação. Diante de tantas negativas e diante da polifonia de linguagens e pluralidade de informações que transcorrem na sociedade, ela não consegue levar os sujeitos a refletirem criticamente sobre a realidade e tampouco consegue tecer um dialogo com eles. Dessa forma, o que os autores propõem é uma educação para as mídias na qual a escola tenha clareza a respeito de seus objetivos e possibilite instrumentos para que as crianças pensem sobre seus consumos midiáticos.


Análises e Comparações entre os textos de Guillermo Orozco e Robert White:

Objetivos:
Guillermo Orozco:
– analisa a importância de uma educação para os meios de comunicação de massa;
– avalia o papel da escola e dos professores frente às novas tecnologias, em particular a TV;
– aponta os desafios e os estereótipos em relação aos meios;
– propõe que os professores sejam os mediadores entre alunos e meios de comunicação.

Robert White:
– analisa o processo de comunicação composto por uma multiplicidade de inter–relações que constituem significados e que circulam na sociedade;
– nega a idéia de linearidade na transmissão de informação;
– busca compreender os processos comunicativos, as inter–relações entre emissor e receptor e as construções de sentidos pelos receptores.

Base Teórica:
Guillermo Orozco:
Processos de Recepção (América Latina)
– são processos complexos, portanto, não ocorrem e nem terminam apenas quando se têm acessos às mensagens transmitidas pelos meios. Ao contrário, os processos transcendem essas situações e estão presentes nas práticas cotidianas.

Robert White:
Estudos Culturais (Inglaterra)
– adotam como referência a antropologia;
– são análises que consideram as relações entre culturas, práticas dos sujeitos e estruturas do poder. Tanto os sujeitos quanto a mídia têm poder;
– consideram a diversidade cultural e dos movimentos políticos, a construção da identidade e as articulações entre o local e o global.

Método:
Guillermo Orozco:
– pesquisas etnográficas: pesquisar para intervir e propor práticas que transformem ou modifiquem as interações dos sujeitos com os meios de comunicação.

Robert White:
– pesquisas etnográficas: como as pessoas usam a mídia na sua vida cotidiana?

Sujeitos e objetos:
Guillermo Orozco:
– os sujeitos são ativos e mediadores.

Robert White:
– os sujeitos e a mídia são ativos

Educação e Comunicação:
Guillermo Orozco:
– usar os processos de recepção para entender, modificar e influenciar a educação das pessoas;
– a escola precisa buscar estratégias que ensinem as crianças a serem mais críticas e autônomas diante das mensagens dos meios;
– são os sujeitos que valorizam ou não as mensagens vindas dos meios de comunicação;
– os processos de aprendizagem e de comunicação são consolidados na recepção e não apenas na emissão.
– a escola tem suas especificidades, assim como os meios, mas ela precisa aprender a lidar com a pluralidade cultural.
– a educação para os meios exige vontade política, envolvimento docente e materiais.

Robert White:
– analisar os significados, as interações e as negociações a partir de grupos particulares.
– a educação deveria partir dos interesses cotidianos das pessoas levando–as a perceber que os textos são seletivamente construídos.
– as pessoas reorganizam aquilo que vêem na mídia a partir de seu contexto, das circunstâncias e da sua subjetividade.
– as interpretações, as mediações, as negociações e as identificações em relação às mensagens midiáticas são ações que permitem mudanças graduais na sociedade.

Bibliografia:
MARTIN-BARBERO, Jesús. “Heredando el futuro. Pensar la educación desde la comunicación”. Nómadas. Santafé de Bogotá: Fundación Universidad Central, nº. 5, set., 1996.
JOBIM e SOUZA, Solange (org.). Subjetividade em questão: a infância como crítica da cultura. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005.
OROZCO, Guillermo. “Professores e Meios de Comunicação: desafios e estereótipos”. Comunicação & Educação. São Paulo: ECA/USP/Moderna, nº. 10, 1997.
_____. “Uma pedagogia para os meios de comunicação”. Comunicação & Educação. São Paulo: ECA/USP/Moderna, nº. 12, maio/agosto, 1998.
WHITE, Robert. “Recepção: a abordagem dos estudos culturais”. Comunicação e Educação. São Paulo, ECA/USP, nº. 12; p. 57 a 76, maio/ago., 1998a.
_____. “Recepção: a abordagem dos estudos culturais”. Comunicação e Educação. São Paulo, ECA/USP, nº. 13; p. 41 a 66, set/dez., 1998a.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Textos da palestra do dia 8 de Maio

Olá, pessoal

Confiram as leituras recomendadas para a palestra do professor André Lemos, no dia 8 de Junho. Lembrando que para a próxima aula, são os textos de Barbero e Orozco. Confiram no programa.

LEVY, Pierre
Livro "Cibercultura"
Partes: Primeira inteira e Parte 2 Capitulos X, XI e XII.
Livro "O que é virtual" Capitulo - "A virtualização do texto".

LEMOS, Andre
"Cibercultura e Mobilidade: a era da conexão".
"Cibercultura: alguns pontos para compreender a nossa época". in LEMOS, André; CUNHA, Paulo (orgs). Olhares sobre a Cibercultura. Porto Alegre: Sulina, 2003.

Os artigos serão deixados no xerox.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Haverá aula dia 25/05

Prezados/as,

Vejam abaixo nota da professora Graça sobre a aula na próxima segunda, dia 25.

Um abraço!


Caros alunos

Acompanhando a evolução das negociações sobre o movimento dos professores, sabemos que haverá na próxima segunda feira, dia 25 de maio, a mobilização de paralização.
No entanto, infelizmente, dada a organização do nosso curso e os compromissos assumidos com os palestrantes não poderemos abrir mão da aula do dia 25 de maio.
Sendo assim, aguardo todos vcs em sala de aula, para conversarmos a respeito dos próximos passos a serem tomados, como para retomar as discussões do curso.

Atenciosamente
Graça Setton

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Atenção: aula do dia 18.05 CANCELADA

Queridos amigos, queridas amigas,

Em razão das deliberações de alunos e professores que marcaram paralizações para o dia 18 de maio, a aula da disciplina Mídia e Educação está cancelada. As leituras do dia 18 ficam transferidas para o dia 25 (ver abaixo a lista):

Leituras Obrigatórias
Adorno, T.& Horkheimer, M. (1996), A indústria cultural. in Dialética do esclarecimento. Ed. Zahar. Rio de Janeiro, pp.113-156. Disponível no xerox
e/ou
Adorno, T.& Horkheimer, M. (1986), A indústria cultural. in Theodor Adorno. Coleção Grandes Cientistas Sociais, Ed. Atica. São Paulo, pp.92-99. Disponível no xerox

(Atenção: são duas versões do mesmo texto. A primeira, mais completa. A segunda, extraída de uma entrevista concedida por Adorno a uma rádio)

Seminário
Habermas, J. Técnica e Ciência enquanto Ideologia. In Benjamin, Habermas, Horkheimer, Adorno, São Paulo, Ed. Abril, 1975. (Coleção os Pensadores). Disponível no xerox
Benjamin, Walter (1983) “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” in Os Pensadores, Ed. Abril. Pp165-196. Disponível no xerox ou clique aqui para baixar

Texto do Benjamin disponível em PDF

Pessoal,

O texto do Benjamin que será tema do seminário da próxima aula está disponível na rede em: http://www.dorl.pcp.pt/images/SocialismoCientifico/texto_wbenjamim.pdf

Abraços
Michelle

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Segunda não haverá cine debate

Prezados/as alunos/as,

Na próxima segunda-feira não haverá cine debate do filme Matrix, como estava programado. A aula começará às 20h, conforme aviso postado anteriormente.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Aula dia 11.05 CONFIRMADA

Oi, gente. Atenção para comunicado da professora Graça:

"Queridos alunos,
Ainda que sejamos solidários ao movimento dos funcionários, a aula do dia 11 de maio está confirmada. Os professores ainda não se manifestaram e por isso nos mantemos em sala de aula."

Um abraço e até segunda-feira!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Certificados do Seminário Mídia e Educação

Caros alunos e participantes do Seminário Mídia e Educação,

Informamos que os certificados serão emitidos ao final do ciclo de palestras e serão concedidos àqueles que frequentaram pelo menos três das cinco palestras previstas até o final do ciclo.

Pedimos que assinem as listas de presença e aguardem o contato da organização do Seminário, que emitirá os certificados e os deixará à sua disposição na Faculdade de Educação.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Cine debate hoje às 17h

Hoje, durante o III Seminário Mídia e Educação, haverá uma sessão de cinedebate com o filme "Denise está chamando". No auditório da FE-USP.

Logo depois, às 19h30 está prevista a palestra "Mundialização e Cultura".
Prof. Renato Ortiz – IFCH – UNICAMP
Entre outros livros autor de A moderna Tradição Brasileira, Mundialização e Cultura, O próximo e o distante, todos da Ed. Brasiliense.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Seminário Mídia e Educação: Confira os próximos encontros!

O Seminário Mídia e Educação prossegue as suas atividades nos próximos meses.
Confira as palestras programadas.
Os encontros são sempre no auditório FE-USP às 19:30hs.

04 de maio – Mundialização e Cultura
Palestra – Prof. Renato Ortiz – IFCH – UNICAMP
Entre outros livros autor de – A moderna Tradição Brasileira, Mundialização e Cultura, O próximo e o distante, todos da Ed. Brasiliense.

08 de junho – A Cibercultura
Palestra – Prof. André Lemos – Faculdade de Comunicação – UFBa.
Autor e organizador dos livros Cibercultura – tecnologia e vida social na sociedade contemporânea. Porto Alegre, Ed. Sulinas, 2002 E Janelas do ciberespaço. – comunicação e cibercultura, Porto Alegre, Ed. Sulinas, 2000.

22 de junho - Experiências de Educação a Distancia entre Educadores
Palestra Profa. Belmira Bueno – FE-USP


Coordenação – Profa. Maria da Graça Jacintho Setton

Seminário Mídia e Educação: Texto recomendado para a palestra do Prof. Renato Ortiz

Informamos que a leitura recomendada para a palestra do prof. Renato Ortiz, a ser realizada na próxima segunda-feira, dia 4 de maio, estará disponível na xerox da FE-USP a partir desta quinta-feira, dia 30.
O número da pasta é 17.

Certificados do Seminário Mídia e Educação

Informamos que os certificados do Seminário Mídia e Educação, que está sendo realizado na Faculdade de Educação, serão fornecidos ao final dos 5 encontros para aqueles que não são alunos regulares do curso Mídia e Educação, que está sendo ministrado pela professora Graça.
Os certificados serão concedidos mediante comprovação de presença, via lista que está sendo circulada nas palestras.
Teremos mais informações em breve.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Texto da 1a palestra

Amigos e amigas,
Olá. O texto obrigatório para a primeira palestra, da professora Maria Celeste Mira, estará disponível no xerox a partir da 2a feira que vem. Peço desculpas pelos eventuais transtornos.
Um abraço!
Rodrigo.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Texto obrigatório da profa. Graça para a aula 3

Mídias: uma nova matriz de cultura
Maria da Graça Jacintho Setton

Para iniciar este capitulo seria importante esclarecer algumas idéias ou hipóteses que nortearão as próximas reflexões. Ou seja, para pensar as relações entre mídia e educação precisamos fazer algumas mediações e tomaremos como eixos para esta mediação as noções de cultura e socialização.
Primeiramente, a noção de cultura compreendida em seu sentido antropológico, como produto da atividade material e simbólica dos humanos; cultura como capacidade dos indivíduos de criar significados, potencial humano de interagir e comunicar-se a partir de símbolos. Segundo esta perspectiva, refletir sobre as mídias a partir do ponto de vista da educação é admiti-la enquanto produtora de cultura. É também admitir que a cultura das mídias, suas técnicas e conteúdos veiculados pelos programas de TV, pelas musicas que tocam no rádio, ou mensagens da Internet nas suas mais variadas formas, ajudam-nos, juntamente com valores produzidos e valorizados pela família, pela escola e pelo trabalho, a nos constituir enquanto sujeitos, indivíduos, cidadãos, com personalidade, vontade e subjetividade distintas.
Em síntese, conceber as mídias como matrizes de cultura é considerá-las enquanto sistemas de símbolos com linguagem própria, linguagem distinta das demais matrizes de cultura (imagem, som, texto, e a mistura de todos eles) que compõem o universo socializador do individuo contemporâneo.
No caso do Brasil, mais especificamente, desde os anos setenta, nossa sociedade vem convivendo com a realidade da cultura das mídias de maneira intensa e profunda. Pouco letrada e urbanizada, em algumas décadas, a população brasileira viu-se imersa em uma Terceira Cultura - a cultura da comunicação de massa - que se alimenta e sobrevive à custa dos valores de outras culturas como a de caráter nacional, religioso e escolar.
O conceito de mídia é abrangente e se refere aos meios de comunicação massivos dedicados, em geral, ao entretenimento, lazer e informação – rádio, televisão, jornal, revista, livro, fotografia e cinema. Além disso, engloba as mercadorias culturais com a divulgação de produtos e imagens e os meios eletrônicos de comunicação, ou seja, os jogos eletrônicos, os celulares, DVDs, CDs, a televisão a cabo ou via satélite e, por ultimo, os sistemas que agrupam a informática, a televisão e as telecomunicações – computadores e redes de comunicação.
Para compreender as mídias como matrizes de cultura propomos aproximar ainda as noções de educação e socialização. A socialização compreendida como um processo educativo que busca a transmissão, negociação e apropriação de uma série de saberes que ajudam na manutenção e ou transformação dos grupos e ou das sociedades.
Para facilitar a compreensão deste ponto de vista é possível afirmar que o processo de socialização pode ser pensado sob dois eixos. Podemos defini-lo, primeiramente, como processo de imposição de padrões e normas de conduta que visam modular nosso comportamento individual. Nesta primeira definição enfatizamos o processo de condicionamento e controle da sociedade sobre os indivíduos. Mas a socialização pode ser vista também como um processo que engloba um conjunto de experiências de aquisição de conhecimentos e aprendizados por parte de todos nós; experiências de reflexão sobre a imposição destes padrões de conduta e sua eventual interiorização. Ou seja, a imposição e a negociação dos valores sociais aprendidos no processo de socialização mostram o quanto este fenômeno é tenso e conflituoso.
Por exemplo, quantas vezes enquanto adultos não sofremos resistência de nossos filhos e alunos em aceitar passivamente nossas orientações. Isto se dá pelo fato de que o que queremos transmitir para os mais jovens reflete uma visão de mundo, expressa muitas vezes valores que acreditamos serem os mais corretos, mas que nossos alunos ou filhos não concordam. São estes valores expressos nas mensagens que nós como educadores tradicionais e, as mídias, como educadores da modernidade sistematicamente transmitimos. Para o bem ou para o mal as mídias transmitem mensagens contribuindo para a formação das identidades de todos. Elas e as escolas, ao mesmo tempo, como todas as outras instituições socializadoras, procuram valorizar ou condenar certos comportamentos e regras.
Podemos, pois concluir aqui que a socialização é uma dimensão da formação humana propiciada por instâncias produtoras de cultura e tem como tarefa primordial a transmissão de idéias e valores. Os sistemas educativos dos grupos, as estratégias e práticas de socialização daí decorrentes expressariam uma visão de mundo, seriam responsáveis pela difusão ou condenação de sistemas de valores comportamentais.
O conceito de cultura e a socialização na contemporaneidade midiática Fazendo um breve apanhado da história do conceito de cultura podemos afirmar que uma das primeiras utilizações desta noção está datada dos anos 1500 dc e remetia a idéia de cultivo ou cuidado de algum elemento tal como grãos e animais. Mais recentemente, vemos que o sentido da noção de cultura pretende alcançar o entendimento do cultivo da mente humana, remetendo à idéia de cuidado, atenção e esforço de um ser em processo de desenvolvimento.
Vale ressaltar ainda que a noção de cultura sempre carregou um forte viés elitista. Ou seja, durante muito tempo esta noção expressou uma idéia de desenvolvimento ou evolução, um salto de qualidade em relação a outros estágios anteriores de civilização ou cultura. Até hoje, não é difícil encontrar fortes vestígios destas representações entre nós. Por exemplo, quando classificamos algum sujeito como culto, queremos expressar uma idéia muito positiva sobre sua pessoa.
Só muito recentemente a noção de cultura assumiu o sentido de um processo ou produto, resultado de um esforço material e espiritual de indivíduos ou de grupos.
No entanto, para os interesses de nossa discussão propomos ir além; propomos pensar a noção de cultura a partir de seu contexto de formação. Isto é, consideramos necessário analisar as culturas, entre elas as culturas das mídias, como um estudo integrado das formas simbólicas - ações, objetos, moralidade, produções e linguagens da sociedade - que têm origem em processos historicamente específicos e socialmente datados; a cultura constitui-se de um universo de símbolos, são formas simbólicas produzidas, difundidas e consumidas pelos grupos. Neste sentido, o que estamos propondo é enfatizar os contextos sócio-históricos de produção das culturas.
É preciso dar ênfase ao caráter simbólico dos fenômenos culturais (eles expressam valores comportamentais e morais), mas precisamos alertar ainda para a necessidade de relacioná-los a contextos e processos histórica e socialmente marcados pela organização social dos grupos. Podemos perguntar, por exemplo, tal expressão cultural é específica de qual sociedade (brasileira ou norte-americana) ou civilização (oriental ou ocidental, capitalista ou socialista)?
Desta maneira, o que interessa salientar, é que ao fazer a análise dos fenômenos culturais da modernidade, por exemplo, um filme como Stuart Little, além de analisar seus personagens e discursos precisamos também contextualizar a sociedade em que ele foi produzido, o momento histórico e social específico de sua produção e difusão, e em seguida perguntar. Sobre qual sociedade estamos falando? Como ela se estrutura? Qual seu modelo de organização social?
Se estamos nos referindo às sociedades ocidentais e capitalistas estamos falando de uma cultura que é produzida em um contexto social hierarquizado, marcado por profundas diferenças sociais, com uma injusta distribuição de poder e privilégio. Esta perspectiva pode ser denominada como concepção estrutural de cultura. E, procedendo desta forma estamos fazendo uma análise sobre a cultura midiática enfatizando as condições sociais de produção destas mensagens, condições estas em que as relações de poder são um importante aspecto a se considerar.
Para esta visão os produtos culturais promovidos pelas mídias, ou promovidos por outras matrizes de cultura, podem expressar diferentes maneira de ver o mundo.
Compreender a cultura de nosso tempo, ou seja, a cultura midiática, portanto, pode ser uma pista para compreender a sociedade em que vivemos, compreender seus conflitos, lutas internas, jogos de interesses, medos e fantasias. Esta visão concebe toda expressão cultural das sociedades contemporâneas com a capacidade de fazer um diagnóstico da história de uma época e de uma sociedade. Por exemplo, várias novelas ou seriados são capazes de por em evidências conflitos identitários relativos ao preconceito racial e homossexual. Os filmes de terror expressam as dificuldades que temos em lidar com a morte e o sofrimento; ou mesmo as comédias provocam nosso riso quando exploram preconceitos ou estereótipos sociais criados pela sociedade em que vivemos.
Mas valeria um importante alerta. A concepção que propomos não considera que as mensagens veiculadas pela indústria midiática são por si mesmas construções ideológicas.
Segundo o Dicionário Houaiss, Ideologia refere-se ao conjunto de idéias presentes nos âmbitos teórico, cultural e institucional das sociedades que se caracteriza por ignorar a sua origem materialista nas necessidades e interesses inerentes às relações econômicas de produção e, portanto, termina por beneficiar as classes sociais dominantes. Pode ser entendida também como a totalidade das formas de consciência social, o que abrange os sistemas de idéias que legitima o poder econômico da classe dominante (ideologia burguesa) e o conjunto de idéias que expressam os interesses revolucionários de uma classe dominada (ideologia proletária). (Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, p. 1565, 2005. Consideramos que antes de generalizar as falas, imagens e discursos difundidos massivamente pela indústria da cultura como instrumentos ideológicos é preciso investigar o contexto da produção, é necessário observar as condições de difusão e recepção das mensagens, bem como o sentido/significado que estas assumem em determinadas circunstâncias.
A originalidade desta forma de conceber ideologia num contexto de comunicação massiva é detectar e analisar se o sentido construído e usado pelas formas simbólicas serve ou não para manter relações de poder sistematicamente assimétricas. Por exemplo, é muito raro encontrarmos em uma novela um empresário rico e poderoso que seja homossexual ou preto. É mais comum encontrarmos o contrário, ou seja, a cor da pele negra associada à idéia de bandidos ou empregados com baixa qualificação e os homossexuais nunca ocupando papel de destaque. Desta forma, a escolha dos personagens de ficção e suas características identitárias podem ou não reforçar relações assimétricas de poder.
Dito com outras palavras, no nosso entender são ideológicas apenas as mensagens que reforçam contextos e relações de poder tal como o exemplo dado anteriormente.
Estudar a ideologia dos bens culturais midiáticos é explicitar a conexão entre o sentido/significado mobilizado pelas mensagens midiáticas e as relações de dominação que este sentido mantém. Estudar a ideologia dos bens da cultura das mídias é estudar as maneiras como as formas simbólicas se entrecruzam com as relações de poder de uma dada sociedade reforçando ou criticando padrões comportamentais estabelecidos.
Além disso, acrescentaríamos que as mensagens ideológicas não sustentam apenas a dominação de classe. Para nós as relações de classe são apenas uma forma de dominação e subordinação, constituem apenas um eixo da desigualdade e da exploração das sociedades capitalistas; é preciso, pois não negligenciar, ou menosprezar, a importância das relações de poder entre os sexos, entre os grupos étnicos, entre os indivíduos e suas diferentes posições na hierarquia social.
Neste sentido a noção de cultura não pode se reduzir às manifestações de juízos de valor moral e, portanto manifestações abstratas das instituições e modelos de comportamento de uma formação social. É necessário ainda criar uma definição mais eficaz, uma definição que entenda a cultura enquanto processo que se realiza em condições sociais específicas..
Explicando melhor:
A produção cultural ou simbólica de uma sociedade, entre elas a midiática, a produção dos sentidos e opiniões acerca de um acontecimento político (é certo e ou errado um político roubar os cofres públicos), a produção das categorias do pensamento e do julgamento (o que é considerado bonito e o que e considerado feio) de cada um de nós estão diretamente relacionadas às nossas condições de trabalho, de estudo, de lazer, e principalmente de nossa origem familiar, etc..
A cultura, neste entendimento, não representa apenas os símbolos, a moral e as imagens de uma sociedade, como sua musica, seus ditados populares ou sua bandeira. A cultura é muito mais que isso pois expressa um conjunto de condições sociais de produção de sentidos e valores que ajudam na reprodução das relações entre os grupos, que auxiliam na transformação e na criação de novos e outros sentidos e valores.
Desta forma, as culturas e entre elas a cultura das mídias devem ser vistas enquanto processo; devem ser vistas nos atos de produção, nos atos que envolvem a divulgação e nos atos de promoção das mensagens, bem como nos atos de recepção daquilo que é produzido. Vejam bem são quatro etapas que se entrecruzam para realizar o fenômeno da criação da cultura midiática.
A cultura não se reduziria aos objetos, símbolos morais ou bens materiais de uma sociedade, mas se apresentaria também como resultado das diferenças de sentido ou diferenças de usos entre os diversos indivíduos que a produzem e a consomem.
É fácil compreender esta proposta se pensarmos um produto cultural que todos têm acesso como as novelas. Os jovens com origem social mais favorecida e mais escolarizados se interessam pelas novelas, como entretenimento enquanto os outros jovens de origem popular quase não assistem novela pois à noite estão na escola e durante o dia estão no trabalho; mesmo entre os jovens de camadas populares que assistem a novela podem ali ter acesso a valores até então desconhecidos e, se apropriar deles a partir de suas bagagens culturais anteriores. Ou seja, o mesmo produto da indústria da cultura da televisão – a novela - terá um uso diferenciado entre os jovens; a forma como os diferentes jovens aproveitarão este entretenimento será distinta e, portanto, as condições de produção de sentidos de cada um será conseqüentemente diferente.
Em síntese, indo além do sentido antropológico do termo, ou seja, um sistema de valores e normas de comportamento que orientam a prática humana, nossa concepção de cultura revela um papel central na nossa existência cotidiana, pois está presente nas condições do processo de construção de nosso pensamento (valores abstratos), de nossa ação (comportamentos visíveis) e, no processo de relação com os nossos semelhantes valorizando ou condenando práticas de cultura.
Valeria terminar esta discussão perguntando:
Qual a importância em saber o papel que a cultura desempenha na construção de nossas visões de mundo? Porque existiria tanta gente discutindo sobre a importância do controle da veiculação dos produtos culturais midiáticos?
Ou mais precisamente, porque muita gente se refere à emissora Globo de TV como muito poderosa?
Enfim, qual a importância da cultura midiática nas relações sociais e nos processos socializadores da modernidade?
A cultura enquanto forma de linguagem, mediadora e produtora de sentido/significado, é responsável pelos consensos de valores e comportamentos das sociedades; conseqüentemente, a cultura como organizadora do mundo serve como reguladora das nossas mentes.
A cultura, segundo esta perspectiva:
A) oferece um código, oferece um conjunto de símbolos como a linguagem (um som e uma palavra que se correspondem e que remetem a um significado, por exemplo, homem e mulher).
B) esta mesma linguagem possibilita a comunicação e a integração de todos os indivíduos de uma sociedade pelos sentidos (o que é considerado pertinente para o sexo masculino e o que considerado condenável para o sexo feminino, por exemplo)
C) esta mesma organização de sentidos oferece simultaneamente a capacidade de organizar o mundo segundo um ponto de vista, classifica aqueles significados de homem e mulher a partir de uma visão de mundo (um mundo machista ou um mundo em que homens e mulheres têm liberdade de expressar suas idéias diferente daquelas que todos comungam)
D) e, muitas vezes, este sistema simbólico possibilita a integração social a partir de visões ideológicas da sociedade (é sabido que os homens mesmo possuindo o mesmo nível de escolaridade que as mulheres ocupam posições melhor remuneradas no mercado de trabalho)
É então por este motivo que justificamos compreender como são feitas estas relações de sentido propostas pelas mídias. Em favor de quem e de quê elas estão? Estas preocupações em relação à dimensão cultural ocorrem porque a cultura, enquanto um sistema simbólico, é um veículo de sentido.
A cultura mediatiza uma idéia, um sistema de idéias, ela oferece um discurso que cria os sentidos e as verdades. Em outras palavras, os sentidos, ou os mediadores dos sentidos, entre eles as mídias e suas celebridades, os discursos dotados de sentido que as mídias difundem são importantes politicamente porque expressam uma idéia, um posicionamento.
Em segundo lugar, nesta perspectiva o discurso que conseguir maior visibilidade será o que obterá mais adeptos. O significado dos discursos não surge das coisas em si, mas dos jogos de linguagem e dos sistemas de classificação nos quais as coisas são e estão inseridas.
Neste sentido, os discursos e os significados veiculados por mais esta instância de socialização dos sentidos têm o potencial de modelar nossas práticas, podem orientar nossas condutas e, ao mesmo tempo, justificar projetos e interesses de outros.
Mas valeria perguntar de novo: Porque é importante saber quem controla a produção de sentidos?
Já respondemos de uma certa forma esta questão. A importância de saber quem tem acesso ao controle das mensagens culturais é porque a cultura tem a capacidade de organizar e classificar os nossos pensamentos. Assim ela oferece os pontos de apoio e de orientação para os nossos comportamentos.
A cultura e o processo de sua transmissão, portanto possuem uma profunda relação com o poder de governar nossas vidas.As formulações de sentido relativas ao comportamento dos homens e das mulheres veiculadas pelas mídias, por exemplo, podem influenciar as nossas maneiras de valorizar ou condenar estes mesmos comportamentos, ajudando a mudar ou a conservar seus sentidos.
Nossas condutas e nossas ações podem ser valorizadas ou condenadas, moldadas e, desta forma, reguladas a partir de normas e regras difundidas pelas matrizes de cultura.
Uma vez que a cultura (e a sua produção de significados) regula as práticas e condutas sociais, é importante saber quem a regula.
O ritmo e a circularidade da cultura das mídias e o processo socializador
Valeria perguntarmos ainda: como as questões relativas ao ritmo da cultura das mídias interferem nas estratégias educativas e no processo socializador? Como esta discussão contribui para pensar as questões educativas de nosso tempo? Ou mais objetivamente, como esta discussão colabora para a formação do jovem e do educador contemporâneo?
Cremos, que fundamentalmente, a importância desta nova forma de produção de cultura pelas mídias encontra-se nos aspectos relativos às estratégias de formação das gerações atuais e futuras. Dito de outra forma, a rapidez e a simultaneidade da difusão de informações transformaram as formas de aprendizado formal e informal de todos nós; a maior circularidade da informação exige, pois uma nova forma de pensar sobre os processos de formação do homem da modernidade.
As maneiras pelas quais interagimos e nos adaptamos ao mundo, as maneiras pelas quais orientamos nossas práticas cotidianas, as formas de perceber o outro e a nós mesmos mudaram a partir da presença constante das mídias em nossas vidas. Por exemplo, hoje as crianças têm acesso desde muito pequenas a uma variedade de informações disponíveis nos desenhos animados, nas embalagens de produtos alimentícios ou na publicidade. Informações, apelos de consumo, modelos e estilos de vida veiculados pelas mensagens de uma indústria da cultura que compõem o imaginário e a vida prática de todos. Assim, no momento de uma compra ou no momento da escolha de uma revista em quadrinho (RQ) podemos ou não estar sendo influenciados pela publicidade ou pelos nossos amigos ou familiares.
É possível observar também a facilidade com que as novas gerações manejam os suportes técnicos, como por exemplo, os controles remotos, maquinas fotográficas e recursos sofisticados do computador. A introdução precoce de uma série de instrumentos tecnológicos na vida da geração @ impõe necessariamente o desenvolvimento de uma diferente sensibilidade técnica dos jovens que nasceram a partir dos anos oitenta. A linguagem que se desenvolve nos jogos eletrônicos, a rapidez de manejo do instrumental, a agilidade mental e a capacidade de utilizar ao mesmo tempo o telefone celular, um Ipod, e uma conversa no Mesanger espanta os mais velhos enquanto soa bastante familiar entre eles. É notável como as noções de tempo e espaço mudam com a utilização constante dos meios modernos de comunicação.
Portanto, o que vemos são mudanças que começam na forma de ter acesso a estas mensagens, criá-las e recriá-las, isto é, mudanças nas condições técnicas de produção de cultura, mudanças que agem podendo influenciar nas formas de constituição do sujeito social moderno. Desde muito cedo a criança aprende a conviver e a conciliar uma variedade de informações e tecnologias passando a acumular conhecimentos vindos não só de seu ambiente próximo, pais, grupos de amigos e ou professores, mas, sobretudo apelos produzidos pelas mídias. Por isso, é importante enfatizar que as informações e conhecimentos não são adquiridos unicamente nas relações face a face, com seus pais e professores, como era feito há mais ou menos 60 anos atrás. Estes novos conhecimentos são adquiridos de maneira não presencial, são adquiridos virtualmente a partir do uso freqüente das novas tecnologias.
Ou seja, o aprendizado das gerações atuais se realiza pela articulação dos ensinamentos das instituições tradicionais da educação – família e escola (entre outras) – com os ensinamentos das mensagens, recursos e linguagens midiáticas. A educação contemporânea está vivendo um conjunto de transformações que influenciam a natureza de nossas relações pessoais e sensibilidade e, conseqüentemente passam a condicionar as instituições que regulam nosso aprendizado, nossa formação cognitiva, afetiva, psicológica, portanto, nossas percepções sobre o mundo.
A materialidade da cultura midiática
Para concluir este capítulo é importante lembrar que a cultura não se refere apenas aos aspectos do mundo dos sentidos ou do simbólico. As transformações do mundo moderno implicaram em uma expansão da presença da cultura não só no imaginário como um sistema de símbolos e códigos, mas implica também numa série de instituições sociais, econômicas e financeiras que hoje tem a cultura como fonte de divisas e lucro. É preciso então ter em mente que falar de cultura hoje implica em vê-la não só em seus aspectos comunicativos, subjetivos e simbólicos etc., mas é preciso enxergá-la também em sua materialidade, em sua objetividade como um bem de mercado.
Isto não quer dizer que a expansão da cultura se dá apenas no sentido econômico. A expansão também se dá na rapidez com que as informações, os sistemas de sentidos e as idéias circulam.
Hoje é possível chamar atenção para o fato de que existe um processo de democratização dos sentidos e das informações. Todos têm virtual e teoricamente acesso a informação garantida pela variedade e diversidade dos veículos (TV, rádio, Cds, livros, fotos) e das mensagens (literatura, musicas, imagens) midiáticas.
Mas valeria uma última colocação. Estaríamos vivendo em um mundo em que a difusão e a rapidez da informação, em termos globais, levaria a todos a uma sociedade homogênea, ou seja, uma sociedade em que todos pensariam igualmente? Estaríamos vivendo sob o domínio e o interesse de uma grande máquina de sentidos que seriam as mídias? Ou diferenças locais, sociais, éticas etc. seriam os filtros de formas diferenciadas de recepção, apropriação e compreensão dos sentidos e valores propostos?
De nossa parte não cremos numa leitura apocalíptica sobre os destinos de nossas vidas. Em outras palavras, acreditamos nos processos de reapropriação e ressignificação dos sentidos e conteúdos da cultura das mídias. Os indivíduos que consomem os produtos das mídias não são passivos. Eles interpretam os conteúdos das mensagens a partir de uma bagagem de valores apreendidos em outras instancias socializadoras.

Síntese do capítulo
O objetivo deste capítulo foi chamar atenção para as transformações culturais e educacionais de nosso tempo. Principalmente mudanças relativas as diferentes instituições socializadoras que passam a fazer parte da nossa vida cotidiana e que influenciam a constituição de um novo homem, condicionam a forma como este homem pensa sobre si mesmo e sobre suas relações com seus semelhantes, bem como agem nas maneiras pelas quais este se orienta e constrói a realidade a que pertence.
O que nos propusemos fazer aqui foi problematizar também a afirmação de que a mídia é uma matriz de cultura. Ela produz significados, veicula sentidos e símbolos morais e sociais. Ela ao oferecer uma carga informativa tem a capacidade também de propor e ou impor significados. A cultura aqui é concebida com a capacidade de integrar, manter a comunicação, e, ao mesmo tempo, oferecer um corpo de categorias de pensamento e julgamento.
No entanto, os sistemas simbólicos, as matrizes de cultura, entre elas, a que mais nos interessa aqui, as mídias, podem servir como instrumentos de dominação. Por exemplo, a linguagem midiática, como parte integrante da cultura das mídias, pode ser mais do que um instrumento de comunicação e integração social. Pode ser um instrumento ideológico, ou em outras palavras, um instrumento de poder. Todos os atos comunicativos, tais como os discursos e as mensagens, não estão destinados apenas a serem compreendidos, decifrados enquanto entretenimento. São também signos a serem avaliados e às vezes seguidos como comportamentos a serem obedecidos. A linguagem, entre elas as das mídias, não são neutras. Neste sentido alertamos para a necessidade de se observar quem faz uso da comunicação midiática, de onde fala e quando fala. A autoridade dos sujeitos e ou das mensagens que têm o poder de se tornar visível pelas mídias são magicamente legitimadas. Portanto, não existem discursos ou mensagens neutros. Ao se conquistar o poder da fala e da imagem, impõem-se simultaneamente as categorias de percepção, impõem-se também a estrutura de um pensamento uma forma de perceber o mundo. Em síntese, este capítulo chama atenção para o caráter ideológico que a mensagem midiática pode assumir.
Neste sentido, a imposição do discurso daquele que tem o domínio da fala pode traduzir-se em um poder simbólico. Ou seja, o poder de inculcar valores e comportamentos, categorias do conhecimento do mundo, em outras palavras, o poder de impor uma visão de mundo, uma ideologia. Entendemos poder simbólico como um poder invisível que se oculta em nossas categorias do pensamento. Só pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem ou não têm condições de saber que estão sujeitos a ele.
Desta maneira, o que interessa para nós salientar é que ao conceber a análise dos fenômenos culturais da modernidade contextualizando um momento histórico e social específico, implica em conceber esta cultura midiática sendo produzida em uma sociedade hierarquizada, marcada por profundas diferenças sociais, com uma injusta distribuição de poder e privilégio. A concepção estrutural de cultura propõe uma análise em que as relações de poder estejam presentes. Para esta visão os fenômenos culturais expressam também um terreno de disputa social. Compreender a cultura de nosso tempo é uma pista para compreender a sociedade em que vivemos, seus conflitos, lutas internas, jogos de interesses, medos e fantasias.
Como toda expressão cultural a cultura da mídia tem a capacidade de fazer um diagnóstico da história de uma época e de uma sociedade. É um documento histórico. A partir das análises de expressões culturais de nosso tempo podemos observar posições políticas e ideológicas conflitantes.
Segundo esta perspectiva, as produções culturais reiteram relações de poder como também podem fornecer elementos de uma resistência. Seja na ficção, na comédia ou nos noticiários a análise de cultura proposta aqui compreende os fenômenos culturais a partir da perspectiva das relações de poder. Para nós estas relações não se esgotam nas diferenças de ordem econômica, as diferenças de classe. Mas estende essas relações de poder a todo tipo de relação social que faz emergir diferenças e assimetrias entre os indivíduos. Neste sentido, sexo, etnia, cor, nacionalidade e religião podem ser instrumentos de poder. Podem, muitas vezes, contextualizar situações de diferença e por extensão de dominação social.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Sobre os textos da aula 3 - 9 de março

Bom dia a todos e todas!
Sobre os textos da leitura obrigatória da próxima aula

Thompson, J.B. (1995), O conceito de cultura. (encontra-se na pasta 17, no xerox)

Setton, M.G.J. Mídias: uma nova matriz de cultura. (será disponibilizado aqui no blog, em pdf, até o final do dia de hoje -- 4a feira)

Um abraço!

domingo, 1 de março de 2009

Aula 2 - 2 de março de 2009

Apresentação aula 2
Dia 02 de março 2009.

Metodologia – entendida como o conhecimento crítico do processo científico, indagando e questionando acerca dos limites e possibilidades.

Não se trata de uma discussão sobre técnicas, mas sobre maneiras de se fazer ciência.

A metodologia é uma disciplina instrumental a serviço da pesquisa; nela toda questão técnica implica uma discussão teórica.


Objetivos da leitura – provocar a discussão de um olhar, estimular uma sensibilidade intelectual sobre um fenômeno.

Dois conceitos importantes – configuração e cultura de massa – cultura das mídias

Ambos remetem a um método investigativo de pensar as relações sociais – indivíduo e instituições.

O primeiro implica em uma perspectiva específica das relações e, o segundo, desdobra-se em uma postura crítica sobre conceitos há muito cristalizados.

O conceito de configuração aqui utilizado serve como um instrumento conceptual e didático que tem como intenção romper com a idéia de que as instituições socializadoras e seus agentes sejam antagônicos. Salientar a relação de interdependência das instâncias/agentes da socialização, condição para coexistirem enquanto configuração, é uma forma de afirmar que a relação estabelecida entre eles pode ser de aliados ou de adversários. Podem ser relações de continuidade ou de ruptura. Podem então determinar uma gama variada de experiências de socialização.

Pensar as relações entre a família, a escola e a mídia a partir do modelo de configuração é analisar estas instituições sociais em uma relação dinâmica criada pelo conjunto de seus integrantes, seus recursos e trajetórias particulares. No entanto, não é uma relação dinâmica entre subjetividades, mas uma dinâmica criada pela relação que esses sujeitos constroem na totalidade de suas ações e experiências, objetivas e subjetivas, que mantêm uns com os outros.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Dúvidas

Em caso de dúvidas ou pedidos, fique à vontade para mandar um email para os monitores do curso:

Rodrigo Ratier (rratier@gmail.com)
Michelle Prazeres (michelleprazeres@gmail.com)

O email da professora Graça é:
gracaset@usp.br